sábado, 21 de abril de 2012

Peito Sombrio na Curva do Rio


É dia e faz frio,
Sinto que perdi algo à beira do rio,
Estou noite, em meio a calafrios,
Sinto que foi arrastada pelo rio.

A noite é densa,
Meu peito sombrio,
As águas são frias,
E a lembrança me judia.

Poderia eu ter evitado,
Se dissesse não, talvez,
Quisera eu ter sido levado,
Por minha insensatez.

Éramos jovens, sem nada a perder,
Acreditávamos na vida, sem perceber,
Sem perceber a vida a levava,
Não viveríamos o futuro que sonhava.

Sinto me abandonado agora,
Sou sozinho, com peito sombrio,
Um pedra solitária a beira do rio,
Sei que o rio da vida não demora,
O próximo a ser arrastado sou eu.

sábado, 14 de abril de 2012

FLORES E FADA


Eu quero fugir desta auréola mediócritas!
Quero fugir desta loucura assistida,
Vamos, imaginais,
Vamos fugere Urbem, desta auréola mediócritas!
Quero um lócus amuenos, onde possa escrever meus livros,
Cantarolar minhas canções, sem saber as letras,
E ver a felicidade bulcólica sendo exalada das flores em meu jardim.
Quero o entardecer de minha varanda,
Ao som de rangidos do assoalho,
Só eu, Deus e minhas amadas para acompanhar.

Quero sentir a textura da água,
O sabor de verão das flores,
O calor majestoso da pele,
Sentir o amor, como não sinto,
Sentir a paz vagando pelo campo,
Só eu, Deus e minhas amadas para acompanhar.

Quero sentir o beijo adocicado,
Seu jeito delicado,
Minhas amadas,
Flores e fada.