sábado, 22 de setembro de 2012

La amour, la amour, la amour...



Créditos da Imagem à  http://salto15vermelho.blogspot.com.br/2010_08_01_archive.html 
 Confie, e não se deixe levar,
Acredite, e nunca ira acabar,
la amour, não há de acabar,
Só não se esqueça de confiar.
 
La amour, liberta a alma,
La amour, acorrenta o coração,
Nos ilubria e acalma,
Nos torna escravos, solidão.

Os segredos de dois,
Jamais serão de três,
Nunca de quatro,
Ainda que gostem.

La amour,
La amour,
La amour... tão estranho, mas tão belo.

Muito complexo para uma cabeça,
Muito simples para um coração.

sábado, 21 de abril de 2012

Peito Sombrio na Curva do Rio


É dia e faz frio,
Sinto que perdi algo à beira do rio,
Estou noite, em meio a calafrios,
Sinto que foi arrastada pelo rio.

A noite é densa,
Meu peito sombrio,
As águas são frias,
E a lembrança me judia.

Poderia eu ter evitado,
Se dissesse não, talvez,
Quisera eu ter sido levado,
Por minha insensatez.

Éramos jovens, sem nada a perder,
Acreditávamos na vida, sem perceber,
Sem perceber a vida a levava,
Não viveríamos o futuro que sonhava.

Sinto me abandonado agora,
Sou sozinho, com peito sombrio,
Um pedra solitária a beira do rio,
Sei que o rio da vida não demora,
O próximo a ser arrastado sou eu.

sábado, 14 de abril de 2012

FLORES E FADA


Eu quero fugir desta auréola mediócritas!
Quero fugir desta loucura assistida,
Vamos, imaginais,
Vamos fugere Urbem, desta auréola mediócritas!
Quero um lócus amuenos, onde possa escrever meus livros,
Cantarolar minhas canções, sem saber as letras,
E ver a felicidade bulcólica sendo exalada das flores em meu jardim.
Quero o entardecer de minha varanda,
Ao som de rangidos do assoalho,
Só eu, Deus e minhas amadas para acompanhar.

Quero sentir a textura da água,
O sabor de verão das flores,
O calor majestoso da pele,
Sentir o amor, como não sinto,
Sentir a paz vagando pelo campo,
Só eu, Deus e minhas amadas para acompanhar.

Quero sentir o beijo adocicado,
Seu jeito delicado,
Minhas amadas,
Flores e fada.

domingo, 15 de maio de 2011

Rondel


RONDEL é um estilo de poesia de origem francesa, tem algumas peculiaridades como por exemplo: sua estrutura de rimas é sempre ABAB BAAB ABAB, é sempre composta de duas estrofes com quatro versos cada, e uma ultima com cinco, o mais interessante é que os dois primeiros versos do rondel são os dois últimos da segunda estrofe, e o primeiro verso é também o ultimo, fazendo com que o ultimo possua cinco versos, há também uma característica, mesmo não sendo regra, que cada verso tenha entre sete e oito sílabas poéticas.




RONDEL DA DAMA DE PEDRA



Deusa de lábios vermelhos, loucura!
Meu peito arde de vontade de amar
Sua pele é clara, mas sua alma escura,
Faz meu coração sangrar

Louca paixão, esta a me machucar,
E, por não conseguir sinto amargura,
Deusa de lábios vermelhos, loucura!
Meu peito arde de vontade de amar

Quero você, e sua alma escura,
E em seu mundo obscura me aventurar
Sei que é apenas uma escultura
Mas mesmo assim consigo sonhar
Deusa de lábios vermelhos, loucura!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

GAROTO-LOBO

QUERIDOS LEITORES,ESTE TEXTO DIFERENTE DE TODO QUE JÁ LERAM AQUI NESTE BLOG... ESPERO QUE GOSTEM



Sabe ando me sentindo meio estranho esses dias, é como se eu já não fosse a mesma pessoa, antigos costumes se foram, meus hábitos mudaram, me sinto mais forte, mais frio, mais alto. Não consigo ficar perto de muitas pessoas, elas me enlouquecem, será que estou enlouquecendo? Minha pele esta mais grossa é como se tivesse uma carcaça sob meu corpo, esses dias trombaram em mim, e não senti absolutamente nada, além de vontade de jogar aquele idiota pela janela, sem nunca ter dado motivos para isto.
Quero ficar só, não sinto mais nada, nem amor, nem dor, não sinto pena, nem solidão, esta é confortante, apenas ela me entende, se não entende também não faz questão de perguntar por que estou quieto, isso é bom!
...

Já faz uma semana, tudo que como não é capaz de saciar minha fome, eu que nunca fui fã de carnívoros, agora sofro de uma tara fatal, ainda mais quando acaba de sair do açougue, quando o sangue escorre sinto minhas pupilas dilatando, uma vontade sentir o gosto, minhas mãos suam frio, eu quero mas não posso!
AH aquele maldito cachorro, era madrugada, eu havia ido a Igreja da cidade como sempre fazia com minha família, neste dia eles não foram, destino? A missa acabou, alguns fieis cegos pela devoção saiam pelas ruas em direção as suas casas, eu fui caminhando só, não fazia questão de chegar cedo em casa.
Quando me afastei da multidão senti como se estivesse sendo observado, era estranha esta sensação, como se estivesse para acabar algo, uma leve névoa desceu sob a rua, ainda ouvia algumas pessoas falarem de longe até que todas fora sumindo, uma a uma.
Andava, divagando acompanhado de meus pensamentos, e de uma sensação, que começava a subir pela garganta, querendo sair pela boca, escutei alguns passos, parei e olhei para trás, não vi nada, continuei porem em ritmo acelerado, aqueles aceleraram, mas não eram mais de um homem, conseguia ouvir estalos, como se fossem garras se chocando contra o chão. Parei, estava ofegante, o barulho continuou, me virei e nada vi, mesmo assim permaneci chocado, olhando fixamente para um ponto distante da rua tentando decifrar de onde viriam tais barulhos, o vento gelado esfriava as pontas de meus dedos, já não escutava mais passos, uma sombra se ergueu atrás de mim, não sei dizer ao certo qual raça era, provavelmente um “vira-lata” horrivelmente grande, senti seu hálito quente, e com uma pancada na nuca desacordei.
No outro dia pela manhã acordei rodeado por algumas pessoas que se esforçavam para ver o pobre moribundo que descansava sob uma possa de seu próprio sangue, minha cabeça doía, assim como meus ossos, em minha perna uma grande ferida espalhava alguns pedaços meus sob o chão.

...

MINHA PRIMEIRA LUA CHEIA

Sabe nunca acreditei em criaturas, monstros ou quaisquer outras coisas que se enquadrem neste assunto, e também se existissem que as lendas falariam coisas coerentes, mas não!
Estava em meu quarto, era uma noite tão fria quanto a da semana passada, todos se encolhiam em suas camas, procuravam abraços, ou outro jeito de se esquentar, mas como sempre em meu quarto era diferente, meu sangue borbulhava em minhas veias, não conseguia parar de pensar naquela peça do açougue, no sangue e no prazer que aquilo me propiciaria, pensamentos que tentava banir de minha mente, minha cabeça estava quase explodindo, estava prestes a ter uma convulsão, sentia meus dedos crescendo e diminuindo, meu pés formigavam, de meus olhos escorria sangue, senti-me estufando, como se crescesse, vi minha janela estourando em minha frente, e depois disto. Outra possa de sangue, e eu caído em cima dela, no entanto desta vez este sangue não era meu.

terça-feira, 19 de abril de 2011

A PRINCESA DE PÉTALAS


Caminho ouvindo os estalos da madeira velha, dentro de meu quarto é tudo muito escuro, é tudo tão úmido e sombrio, ando só, porque ninguém mais se atreve a entrar aqui, as janelas estão lacradas com uma madeira tão velha quando a do assoalho; ainda enxergo a mobilha talhada a mão, a cama de casal, devido a uma pequena fresta de luz, a qual também permite que uma leve brisa entre, às vezes traz algumas folhas secas, às vezes a chuva, mas nunca vem só, e temo quando resolve trazer lembranças.

Este lugar nem sempre foi tão triste, solitário e quieto; há um tempo, não tão distante, existiu uma mulher que ousou e entrou neste, transformando-o num lugar melhor, me ensinou a importância das coisas belas, e me encheu de luz, amor; aquelas tristes folhas murchas, já foram estonteantemente lindas, e o lençol sujo e rasgado um lugar quente para se deitar.
Começávamos a simular alguns passos para fora do quarto, eu nunca imaginara que tantas cores podiam conviver harmonicamente, que poderia ser tão feliz, e que existiam outros semelhantes a mim, ou nem tanto. Nosso amor era puro, tão puro que era de causar invejar.
Uma noite então, enquanto dormíamos tranquilos, algo entrou em meu quarto, destruiu tudo, e nem ao menos vi; quando acordei estava com as roupas manchadas do vermelho néctar de vida que brotava das veias de minha amada, e que agora secava, morto em mim, as pessoas me olhavam com medo, outros com dó, não havia feito nada, não entendia, entrei em meu quarto, e notei um bilhete, sujo que dizia: “Do pó que vieste este amor, brotou em mim de inveja a mais profunda dor, e que agora também és tua”.
Alguns casais na mesma noite foram separados, ninguém sabia ao certo o que acontecera, alguns sumiram, outros se mataram pois não agüentavam viver sós, eu me tranquei.

“OH que mundo! Tirou a coisa que realmente me importava, Oh desgraça que levou de mim quem amava, desta vida não esperarei mais nada, traçar-me-ei em meu quarto, sozinho sem minha amada”, mas eles não se importavam, colocavam seus grandes olhos em minha janela, para ver se eu ainda pensava nela, ou então para ver se estava morto também, a solução veio então como um trovão, lacrei as janelas com alguma madeira do chão.
Os anos e passaram, e minha dor aumentava, do outro lado da janela os pássaros cantavam, e eu pouco os escutava, foi quando em uma noite algo mágico aconteceu, meu amor, em minhas lembranças reapareceu!

Dizia a ela: “Esta tão difícil respirar, sem ter você do meu lado; Estou farto de admirar, sonhar, planejar, quero viver, e quem sabe ser feliz, mas sem você não dá!”.
A brisa me respondeu: “Minha mente viaja nas cifras de nossa canção, e meu coração dança no ritmo de nossa paixão”
Retruquei desesperadamente então: “Encho o peito do nada que me rodeia, procurando vestígios de seu perfume, abro os olhos, e procuro o brilho do seu, mas esta tudo tão escuro, e nada vejo”
“ Meu amor, não veras mais, não pertenço a este mundo, sou só pó em sua estrada, e mais nada, saia e viva!”
Estou só, preso as paredes de meu castelo, e meu único conforto é pensar no aconchego de seu colo, em seu sorriso encantador, insto amansa meu coração, e diminui minha dor, não conseguirei viver sem você!

Uma leve brisa passa, e arrasta consigo minhas lembranças; vejo-as desfazendo diante de meus olhos, e como poeiras se espalham pelos móveis, mas aquela não foi capaz de destruir todo o sentimento que construí, continuo hipnotizado pelas curvas de minha doce amada.
Nossa a caixa de musica abre misteriosamente, os grãos de pó que estavam estagnados nos móveis começam a serem arrastados pelo vento, e como bravos soldados que são rumam em minha direção. Junto à brisa começam a entrar milhares de pétalas e timidamente do chão começam a subir delineando seus traços, formando a princesa que sonhei; diante de mim surge a mulher, linda como sempre, me convidando para um dança.
Meus olhos se encheram de lágrimas nostálgicas, digo: “Leve-me com você?”
Com um sorriso meigo retrucou, “Não posso, será a ultima vez que me veraz, passarei a noite contigo, e ao amanhecer irei embora, seguiras tua vida”.
Como era de se esperar aceitei a proposta, daria tudo por um momento a mais, no entanto o que não sabia é que com um toque impreciso minha dama de pétalas se desfaz.
Desesperadamente, chamei seu nome, ainda não amanhecera por tinha indo embora?; foi quando um sopro adocicado em minha orelha me fez olhar para trás, e assim pude vê-la em nossa cama, dançando, rodopiando com seu delicados pés.
Pude então tocá-la, senti-la sem prejuízo, cada pedaço de seu corpo, a textura de sua pele era a mesma das pétalas, dançamos uma noite inteira.
Acordei coberto por pétalas, e sonhos, decidido a viver, finalmente caminhei ainda meio embriagado de sono em direção a porta, a maçaneta velha cedeu em minha mão, a porta rangendo foi abrindo lentamente, pude então sentir o calor do sol esquentando minha pele, foi um novo amanhecer, o dia em que acordei de um sonho, estava disposto a viver novamente.

domingo, 17 de abril de 2011

COMO PÉTALAS E SONHOS


Esta tão difícil respirar,
sem ter você do meu lado;
Estou farto de admirar,
Sonhar, planejar,
Quero viver, e quem sabe ser feliz.

Minha mente viaja nas cifras de nossa canção,
E meu coração dança no ritmo de nossa paixão,
Encho o peito do nada que me rodeia,
Procurando vestígios de seu perfume,
Abro os olhos, e procuro o brilho do seu
Mas esta tudo tão escuro, e nada vejo



Estou só, preso as paredes de meu castelo,
E meu único conforto é pensar no aconchego de seu colo,
Em seu sorriso encantador,

Uma leve brisa passa, e arrasta consigo minhas lembranças,
Vejo-as desfazendo diante de meus olhos,
E como poeiras se espalham pelos móveis.

... continuo hipnotizado em suas curvas
... não foi o vento capaz de destruir, todo o sentimento que construi
... e como bravos guerreiros, aqueles grãos de pó começam a se juntar,
... para formar meu sonho, com uma leve brisa convido as pétalas,
Tímidas como são, entram pela pequena fresta de luz,
chegam aos poucos, e do chão começam a subir
Delineando seus traços, formando a princesa que sonhei,
Que com um toque se desfaz, e levemente reaparece,
Rodopiando atrás de mim, me viro e dançamos até o amanhecer.